A busca por mais volume
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Seria impossível falar da história da guitarra elétrica sem nos remetermos ao violão, pois foi a partir da necessidade de que o violão possuísse maior volume e presença que se iniciará a busca incessante por um violão capaz de ser reproduzido eletricamente, onde pudesse ser aferido maior volume e presença. Podemos falar que a guitarra foi parte do processo de evolução que o violão já passava por anos.
Fazer com que o violão pudesse se transformar em um instrumento portátil e com volume suficiente para apresentações era a pedra filosofal dos luthiers do fim do século XIX e início do XX. Várias mudanças foram feitas, entre elas podemos citar a construção de uma caixa de ressonância maior e o uso de madeiras mais rígidas, que possibilitavam maior sustentação do som. A partir da segunda metade do século XIX na Espanha, o luthier Antonio Torres, desenvolve o que será o modelo padrão para violões clássicos. Estabelece a medida da escala em 650 mm e faz algumas mudanças no tampo, consegue uma maior tensão das cordas que dará um timbre mais macio e com maior volume.
Nos Estados Unidos, um imigrante de origem alemã também dará sua contribuição para evolução do violão. Christian Frederick Martin abandonou a Europa para como outros tantos, tentar a sorte no novo continente. Martin já trabalhava com a fabricação de instrumentos de corda na Alemanha. Chegou a ser aprendiz do luthier Johann Stauffer em Viena. Nos Estados Unidos Martin logo se estabelece como luthier, porém tinha que se adequar a realidade de seu novo lar, onde a maioria das pessoas possuía uma vida mais modesta. Diferentemente da Europa, onde os violões eram feitos com detalhes de marfim, prata, ouro e outros materiais nobres, Martin começou a fabricar violões sem grandes detalhes, mas sempre primando pela qualidade. Martin desenvolve um sistema em “X” para a estrutura do violão que acaba conferindo mais resistência ao tampo. Através desse sistema foi possível o uso de cordas de aço. Além