A Batalha Naval do Riachuelo
O CENÁRIO:
A bacia do rio da Prata era estratégica para as comunicações entre o Oceano Atlântico e os contrafortes orientais da Cordilheira dos Andes. O transporte de pessoas, animais e de mercadorias era feito pelos rios, uma vez que quase não havia estradas até à segunda metade do século XX. O país que controlasse a navegação de seus rios, mas principalmente a sua foz, controlaria o interior do território e a sua economia.
O Paraguai não tinha uma saída direta para o mar, uma vez que a bacia estava em mãos da Argentina e do Uruguai, este último em constante disputa entre os interesses da República Argentina e do Império do Brasil. Por essa razão, as fortificações mais importantes do Paraguai tinham sido erguidas nas margens do baixo curso do rio Paraguai.
No início do conflito, as tropas paraguaias já haviam ocupado áreas da então Província do Mato Grosso (atual Estado do Mato Grosso do Sul), no Império do Brasil, e da República da Argentina. Se vencessem a batalha do Riachuelo, poderiam navegar livremente pelo rio Paraguai, descer o rio Paraná, conquistar Montevidéu no Uruguai e, de lá, ocupar a então Província do Rio Grande do Sul. Formar-se-ia assim o Grande Paraguai, que se abriria ao comércio atlântico com as demais nações.
ANTECEDENTES DA BATALHA
Coube ao Almirante Joaquim Marques Lisboa, Visconde de Tamandaré, depois Marquês de Tamandaré, o comando das Forças Navais do Brasil em Operações de Guerra contra o Governo do Paraguai. A Marinha do Brasil representava praticamente a totalidade do