A barba não faz o filosofo
“Um pensamento traduzido em uma sentença, expressado como advertência ou norma, que tem por objetivo transmitir uma verdade fruto de uma experiência”. Esta é a definição que encontramos em “A Sabedoria Condensada dos Provérbios” de Nelson Carlos Teixeira (2004), e que mais se aplica ao provérbio de uma maneira geral. Os provérbios são conhecidos por muitos como ditos populares e são de origem desconhecida, mas parece que já existe a muito tempo. Eles surgem das mais diversas situações cotidianas e em todos os lugares e línguas, portanto não há concluso a origem de um determinado provérbio. Será apresentado a seguir duas especulações a respeito do provérbio em destaque no título, para buscar compreender como este tem entendimentos e aplicações variadas. Partindo para o provérbio em destaque, percebe-se que a aparência muitas vezes passa uma idéia contrária ao que realmente vem a ser, e acaba tornando a verdadeira essência oculta. Podemos encontrar essa reflexão no provérbio “A barba não faz o filósofo”, onde pesquisas mostram que a frase é usada como exemplo para explicar a filosofia de Karl Popper (1902-1994), um filósofo britânico que não tinha barba. Todos, ao falarmos ou mencionarmos determinado assunto de um filósofo, já trazemos a nossa mente, uma imagem de uma pessoa com idade mais avançada, cabelos brancos e seguida também de barba branca e comprida na maioria das vezes. Esta imagem que temos formada remete também a idéia de pessoa sábia, por estarmos já habituados com a aparência de um filósofo. Karl Popper não tinha barba, mas foi um grande e sábio filósofo que com seus próprios méritos ganhou prêmios e honras no seu campo. Trazendo para uma realidade atual e mais próxima, esta concepção ainda se aplica nos dias hoje. É comum ver pessoas impondo rótulos às outras, principalmente no meio empresarial, a capacidade das pessoas é medida diante do status que detêm ou cargo que ocupa. As pessoas são conceituadas pelo que