A banalidade do mal em Hannah Arendt
Diego Macario de Sales
A BANALIDADE DO MAL EM HANNAH ARENDT
SÃO PAULO
2014
A BANALIDADE DO MAL EM HANNAH ARENDT
Hannah Arendt e seu marido Heinrich são judeus alemães que chegaram aos
Estados Unidos como refugiados de um campo de concentração nazista na França.
Surge a oportunidade de cobrir o julgamento do nazista Adolf Eichmann para a The
New Yorker. Ela viaja até Israel, e toma nota todas as informações sobre caso na volta escreve todas as suas impressões e o que aconteceu, a revista separa tudo em 5 artigos. Então aí começa o drama de Hannah: Ela mostra nos artigos que nem todos que praticaram os crimes de guerra eram monstros, e relata também o envolvimento de alguns judeus que ajudaram na matança dos seus iguais. A sociedade se volta contra Hannah e o The New Yorker1, e as críticas são pesadas.
Hannah em nenhum momento pensa em voltar atrás, mantendo sempre a mesma posição, mesmo com todos contra ela.
Hannah Arendt conseguia observar muito além do que as outras pessoas podiam ver, ela analisava minunciosamente todas as informações obtidas sem fazer qualquer pré-julgamento. A sociedade acabou julgando o acusado pelos fatos históricos do nazismo e em contrapartida Hannah Arendt pode observar que o acusado era apenas um homem como qualquer outro, não que devesse ser absolvido, pois acreditava que deveria sim ser punido. Hannah acreditava que Adolf era apenas um homem seguindo ordens, simplesmente pura burocracia, assim sendo como qualquer outro individuo em qualquer parte do mundo.
Conforme Hannah Arendt descreve, Adolf afirma
“no que concerne à morte dos judeus, eu não tive nada a ver com isso. Eu nunca matei um judeu, ou um não judeu, eu nunca matei nenhum ser humano. Eu nunca dei ordens para matarem judeus ou não judeus; eu pura e simplesmente não o fiz”.
(CARVALHO, 2012).
Assim Hannah Arendt descreve que acusado se declarou “inocente face às acusações de que sou