A Bagaceira
José Américo de Almeida
Quem foi José Américo de Almeida?
• Nasceu no engenho Olho d'Água, município de
Areias, Paraíba, no dia 10 de janeiro de 1887;
• Cursou direito em Recife e formou-se em 1908;
• Foi escritor e político brasileiro;
• Sua obra "A Bagaceira", deu início à Geração
Regionalista do Nordeste;
• Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, em
27 de outubro de 1966, ocupando a cadeira nº 38;
• Foi também advogado, professor universitário, folclorista e sociólogo.
Contexto Histórico
• O romance se passa entre 1898 e 1915, os dois períodos de seca;
• Nesse período o Brasil estava em meio a República da Espada e a
República Velha, ocorridas entre 1889 à 1930;
• Esses períodos de secas acontecem porque onde está situado o local aonde o romance acontece foi denominado ‘Polígono das
Secas’;
• Com o foco em São Paulo e Minas Gerais, o nordeste encontra-se abandonado e com isso grandes revoltas são iniciadas;
• Em fins do século XIX, na Bahia, ocorre a Revolta de Canudos, tema de “Os sertões”, de Euclides da Cunha; nos primeiros anos do século XX, o Ceará é o palco de conflitos;
• Em todo o sertão vive-se o tempo do cangaço, com a figura lendária de Lampião.
A Bagaceira
Durante uma terrível seca, os retirantes sertanejos, Valentim Pereira, sua filha, Soledade, e um agregado, Pirunga, buscam abrigo no engenho de Dagoberto Marçau, "coronel" rico, viúvo e dominador no velho estilo patriarcal, e que tem um único filho, Lúcio, estudante de Direito no
Recife. Entre Lúcio e Soledade brota um forte afeto, mas o rapaz hesita em dar plena sequência ao flerte por não ter convicção de que seria capaz de amá-la no contexto urbano e intelectualizado onde ele, Lúcio, vivia.
O filho do "coronel" volta aos estudos, porém ao retornar à propriedade do pai, em novas férias, descobre que Soledade fora seduzida. Em princípio, Valentim, o pai da jovem, supõe que o sedutor é o feitor do engenho e termina por assassiná-lo, de acordo com os rígidos códigos