A bagaceira
Deve-se evitar o uso de capitéis curtos, adotando-se de modo que no contorno C1’, possa ser considerada a altura útil do capitel dc, pois o plano de ruptura à punção estará totalmente dento do capitel.
O Eurocode 2 admite que, mesmo para lajes ou sapatas de altura variável, seja adotada a altura útil na face do pilar.
3 Cálculo das tensões resistentes
As tensões solicitantes calculadas no item 2 deverão ser comparadas com as tensões resistentes indicadas na norma para os três perímetros críticos C, C’ e C’’.
3.1 Primeira Verificação
3.1.1 Tensão resistente de compressão diagonal do concreto na superfície crítica C (contorno do pilar)
Sendo ; onde uo é o perímetro de um contorno C circunscrito ao pilar e traçado de maneira que o seu comprimento seja mínimo.
Essa primeira verificação é quase sempre atendida, pois o valor de é relativamente alto.
Por exemplo, para um concreto com fck = 25 MPa, tem-se = 4.34 Mp.
Caso isso não aconteça, o concreto pode romper por compressão diagonal, que é uma ruptura sem aviso prévio e deve ser evitada adotando as seguintes alternativas:
• Aumentar o valor de fck;
• Aumentar a espessura da laje;
• Aumentar as dimensões do pilar;
• Criar um capitel em torno do pilar.
3.2 Segunda Verificação
3.2.1 Tensão resistente na superfície crítica C’ afastada 2d da face do pilar, sem armadura de punção (Figura 4)
; onded = altura útil média da laje em cm eρ = (taxa de armadura de flexão aderente na largura c + 6d), onde c é largura do pilar.
Se essa verificação for atendida, significa que o concreto é capaz de resistir às tensões de tração provocadas pela punção. Caso contrário, antes de partir para a colocação de armaduras de combate à punção, ainda se pode recorrer às seguintes alternativas:
• Aumentar o valor de fck;
• Aumentar a espessura da laje;
• Aumentar as dimensões do pilar;
• Criar um capitel em torno do pilar;
• Aumentar a taxa de armadura de flexão aderente.