A avaliação de estresse e seus impactos

A AVALIAÇÃO DE ESTRESSE E SEUS IMPACTOS

Os estudos de comportamentos relacionados à saúde se pautam em dois pressupostos: A existência de uma relação entre determinados comportamentos, emoções e a etiologia de doenças e a possibilidade de modificação destes fatores. O foco dos estudos em psicologia da saúde é compreender a participação de fatores psicológicos, sociais, emocionais e comportamentais no estabelecimento de doenças orgânicas e as possibilidades de intervenção e prevenção. A Psicologia da Saúde começou a ganhar corpo a partir da década de cinqüenta do século XX, quando um conjunto de teorias começou a estabelecer relações entre padrões de personalidade e propensão à doenças. Na literatura especializada, um grande número de trabalhos com relativa consistência sobre eventos estressantes, que sugerem que indivíduos que experienciaram recentemente grandes mudanças de vida podem ter uma alta suscetibilidade ao desenvolvimento de doenças, em especial de doenças infecciosas.

ETIOLOGIA E MANIFESTAÇÃO DO ESTRESSE

O ser humano está sujeito a estímulos desorganizadores, internos e externos, que implicam numa necessidade de reorganização. Nesse sentido, a doença é uma forma de reorganização, uma adaptação a um estímulo desorganizador. Para Perez (1990), a doença integra fatores de ordem biológica, psíquica, cultural e social, porque o organismo é concebido como inserido em um meio, envolvido por emoções, onde o funcionamento somático e os seus distúrbios não se dão de forma isolada e independente, mas de forma indissociável do seu funcionamento psíquico. O estresse (do inglês: Stress) é um dos temas mais discutidos e estudados desde meados do século XX. O termo estresse foi usado pela primeira vez na área da saúde por Hans Selye, em 1926. Esse pesquisador percebeu que muitas pessoas sofriam de várias doenças físicas e reclamavam de alguns sintomas em comum, tais como falta de apetite, a pressão