resumo
RESUMO
Os profissionais de saúde mental se encontram particularmente vulneráveis ao estresse, em vista das características do trabalho que desempenham. O objetivo do estudo foi avaliar manifestações de estresse, autopercepção de estresse e fatores estressantes do trabalho em profissionais de serviços substitutivos de saúde mental. Participaram 25 trabalhadores com pelo menos seis meses de atuação profissional. Aplicaram-se os instrumentos Inventário de Sintomas de Estresse para Adultos de Lipp e Roteiro Complementar. Os dados quantitativos foram tratados por meio de estatística descritiva, e os demais, analisados qualitativamente. Verificou-se que 36,0% dos profissionais apresentavam manifestação de estresse e que 44,0% deles se percebiam sob estresse. Condições de trabalho e relacionamento no trabalho foram os fatores mais frequentemente associados à percepção de estar sob estresse. Concluiu-se que os profissionais vivenciam estressores associados às mudanças relativas ao paradigma psicossocial de atenção, o que mostra a necessidade de intervenção direcionada ao desenvolvimento de estratégias de enfrentamento às situações ocupacionais estressoras.
2.2.1- Objetivo
Selye (1956) foi o primeiro autor a utilizar na área da saúde o termo estresse, caracterizando-o como uma "Síndrome Geral de Adaptação" (SGA) decorrente de um evento que exige esforço do indivíduo em termos de adaptação. Este estressor gera a quebra da homeostase interna do indivíduo, alterando a capacidade do organismo de manter sua constância.
Para representar o processo de estresse, Selye (1956) apresentou um modelo trifásico, constituído por: a) fase de alerta: reação de alerta preparando o indivíduo para a luta ou a fuga através da ativação de mecanismos homeostáticos; b) fase de resistência: quando o organismo tenta restabelecer o equilíbrio interno