A autocracia burguesa e o Serviço Social
A ditadura militar impôs condições novas, para as práticas, as modalidades de reprodução e as (auto) representações profissionais. Esse contexto de grandes mudanças que estava havendo no país em decorrência da ditadura, também marca o início de um processo gradativo de renovações no cenário do serviço social. A renovação do Serviço Social se relaciona com a autocracia burguesa, pois todas essas modificações se deram durante o ciclo autocrático burguês sob o comando do grande capital, afetando tanto no modo de intervenção como na formação do assistente social. Os movimentos ocorridos no marco histórico da autocracia burguesa configuram bem mais que uma resultante do acúmulo que a profissão realizava desde antes, mas articulam uma diferenciação e uma redefinição do desenvolvimento profissional. Sobre o trabalho do assistente social, que antes tinha como referência somente a igreja, agora, passa a ser o mercado de trabalho. Houve uma reformulação funcional e organizacional nas instituições de empregabilidade dos assistentes sociais, por parte do Estado. As instituições em que os assistente sociais exerciam a sua profissão, passou a requisitar uma postura moderna no desempenho de normas, fluxos, rotinas e finalidades dimanantes, através da racionalidade burocrático-administrativa. Esse profissional “moderno que o Estado tanto queria, que pudesse romper com o paroquialismo e com a filantropia, exigiu dele mudanças pertinentes ao recurso usado na formação dos assistentes sociais. Ao ingressar o âmbito da universidade, evidenciou-se a ruptura com a principal referência do Serviço Social, a igreja católica e suas formas de atuação, tendo nisso, o processo de laicização do Serviço Social, que foi um dos elementos que caracterizou a sua renovação sob