D. Pedro e D. Inês de Castro
D. Pedro nasceu em 1320 e era filho de D. Afonso IV, que teve muitas dificuldades durante o reinado, nomeadamente por causa de pestes e maus anos agrícolas. Tudo começou com o casamento de D. Pedro com uma princesa espanhola, D. Constança. Não existia amor entre os dois, uma vez que o casamento foi arranjado pelos pais de ambos. Foi nessa altura que D. Pedro conheceu D. Inês de Castro, uma das aias (dama de companhia) de D. Constança, por quem se apaixonou. Esta ligação amorosa não foi nada bem aceite pelos seus familiares. Todos tinham medo que D. Inês, filha de um poderoso nobre espanhol, pudesse ser uma má influência para o príncipe.
Quando D. Constança morreu, o pai de D. Pedro continuou a condenar o namoro dos dois apaixonados. De início, D. Afonso tentou afastá-los, proibindo D. Inês de viver em Portugal. Mas isto não resultou porque os dois foram morar para a fronteira de Portugal e Espanha e continuavam a encontrar-se. Diz-se que se casaram nesta altura, mas ninguém tem a certeza. O rei estava muito preocupado porque via que o povo tinha medo da influência de D. Inês, além do mais não estava nada contente com as guerras e a fome que se viviam no reino. Assim se explica a decisão de D. Afonso IV de condenar D. Inês de Castro à morte, influenciado por dois conselheiros.
O local onde D. Inês foi morta, em Coimbra, é hoje conhecido como a Quinta das Lágrimas, e é um lugar onde os namorados se encontram. Depois da execução de D. Inês de Castro, D. Pedro revoltou-se contra o pai e declarou-lhe guerra. Felizmente, a paz voltou graças à rainha-mãe, que evitou o encontro militar entre pai e filho. Quando D. Pedro subiu ao trono, era muito cuidadoso com o povo, que gostava bastante dele. Mas uma das primeiras coisas que fez foi vingar a morte de D. Inês de Castro executando de modo cruel os ex-conselheiros do pai: mandou arrancar-lhes o coração! Dizia que era assim que se sentia desde que D. Inês tinha morrido. O mais sinistro de