A ATUA O DO ASSISTENTE SOCIAL DIANTE DOS DIREITOS DA CRIAN A E DO ADOLESCENTE
A prática profissional do assistente social tem o seu diferencial em relação a outras profissões porque concebe a família como uma instituição que merece atenção e investimentos, pois qualquer que seja o segmento com o qual atua, a visão de totalidade permite ao profissional privilegiar o espaço familiar dado sua importância na formação do sujeito, por isso toda ação volta-se ao fortalecimento de tais relações.
Tratando-se de criança e adolescente, são colocados grandes desafios aos assistentes sociais que atuam junto a estes dois importantes segmentos, principalmente no que diz respeito à consolidação do ECA, pois mesmo após dezoito anos da criação da Lei nº. 8.069 existe ainda com certa força a inversão de valores quanto a seus princípios inovadores, muitas vezes tidos como empecilho na criação dos filhos.13
O novo olhar que o ECA proporciona acerca da criança e do adolescente, exige que aconteça simultaneamente um trabalho sócio-educativo não apenas com a população de forma geral, mas principalmente com profissionais que ainda não amadureceram essa “nova” concepção sobre a infância e juventude, mas que em seu cotidiano depara-se frequentemente com situações que exigem o devido respaldo legal. Essa seria uma forma de se alcançar a mudança de mentalidade necessária para a concretização do ECA, o que não ocorre através de imposições, mas por meio de ações contínuas e eficazes que comprovem à sociedade a importância de tal lei.
Outro desafio colocado ao assistente social é exatamente o que está descrito acima. O profissional luta constantemente para que sejam desfeitos pensamentos que nos remetem a filantropia e benevolência, superando-os com ações que contemplem os direitos sociais garantidos em lei, ressaltando o fim das distinções estabelecidas a partir da classe social em que o sujeito se encontra, pois os direitos e deveres presentes no ECA destinam-se a qualquer criança e