A ATIVIDADE GARIMPEIRA NA PROVÍNCIA MINERAL DO TAPAJÓS E SUA INFLUÊNCIA NA PRODUÇÃO DO ESPAÇO
TAPAJÓS E SUA INFLUÊNCIA NA PRODUÇÃO DO ESPAÇO
Eliana Souza Machado
Resumo
Este artigo tem por objetivo analisar a produção do espaço da cidade de Itaituba/PA, popularmente conhecida como “Cidade Pepita da Amazônia”, que passou por profundas transformações frente à exploração dos recursos naturais, principalmente vinculados à atividade garimpeira, proporcionando grandes períodos de glória, estagnação e de decadência para a sua população. Considera-se que a atividade garimpeira se estruturou de forma diferente do extrativismo tradicional, com características específicas, desde a instalação de garimpos manuais até os grandes investimentos do setor privado, imbricados às intervenções governamentais.
Portanto, a análise se desenvolverá a partir de uma periodização da atividade garimpeira, a partir da década de 60, estabelecendo os principais períodos que influenciaram, de alguma forma, na produção do espaço.
Palavras-chave: A Produção do Espaço na Amazônia; Fronteira Amazônica; Garimpagem na
Província do Tapajós.
Introdução
A produção do espaço na Amazônia vem sendo discutido ao longo dos anos, associado a estudos de como a população ocupou esse território a partir da exploração dos recursos naturais, intensificada pelas políticas intervencionistas governamentais e por ações da iniciativa privada. Conforme Corrêa (2000, p.33), a trajetória das cidades e do urbano na
Amazônia seguem distintas tendências ou paradigmas, fundamentados nas diferentes e plurais realidades urbanas no contexto amazônico, que podem ser facilmente identificadas em função da diversidade de interesses e de agentes que compõe e produzem a diferenciação do espaço interno. A cidade de Itaituba, unidade de análise desse artigo, possui uma posição estratégica na Região Amazônica às margens do Rio Tapajós(figura 01),que proporcionou à cidade a característica de centro de apoio e distribuição de mercadorias frente a dois