desequilibrio ambiental
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Um Breve Perfil Ambiental da Região Centro-Oeste
Daniel Joseph Hogan (coord.)
Roberto Luiz do Carmo
Adalberto Mantovani Martiniano de Azevedo
Isa Gama
Carolina Darcie
Célio Cristiano Delgado
A Região Centro-Oeste foi vista historicamente como uma região de
“fronteira” do Brasil. Foram vários os ciclos de expansão dessa fronteira, através da mineração, da pecuária e mais recentemente através da expansão da cultura de grãos. O que se propõe a realizar neste Perfil é uma apresentação sucinta desses processos de expansão e suas decorrências sobre o ambiente e sobre a qualidade de vida das populações que habitam a região.
Uma observação é fundamental diz respeito à definição da abrangência espacial da abordagem aqui realizada. Consideramos como Região Centro-Oeste as Unidades Federativas que fazem parte da definição do IBGE de “CentroOeste” ( Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal), mais os estados de Rondônia e Tocantins. Ao incluir esses estados estamos circunscrevendo melhor as áreas de abrangência ambiental de ecossistemas que são estreitamente relacionados: o Cerrado, o Pantanal e a Floresta Amazônica (especialmente a área de transição entre Cerrado e Amazônia). Assim, caso não haja observação em contrário, quando nos referirmos a Centro-Oeste estaremos nos referindo à região ampla que é dominada por esses ecossistemas.
Assim como fizemos na publicação sobre o Estado de São Paulo1, procuramos identificar quais os principais problemas que incidem sobre o
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Hogan (2000).
Um Breve Perfil Ambiental da Região Centro-Oeste
ambiente do Centro-Oeste. Identificamos quatro grandes grupos de problemas relacionados com: a expansão da agropecuária; as queimadas; os recursos hídricos e a mineração. Para cada um desses aspectos organizamos e analisamos os dados disponíveis. Diferentemente do que ocorreu com o trabalho realizado sobre São
Paulo, a disponibilidade de dados não foi muito grande para a maioria dos aspectos.
Com