impacto
Vinícius Moreno de Sousa Corrêa*
Prof. Dr. Roberto Luiz do Carmo **
Resumo
Esse artigo tem como objetivo identificar impactos socioambientais e demográficos decorrentes do processo de ocupação da atividade mineradora na região sudeste do Pará.
O recorte espacial refere-se aos municípios de Marabá, Parauapebas, Curionópolis,
Água Azul do Norte, Eldorado de Carajás e Canaã dos Carajás, cuja soma da população era de 428.504 habitantes, em uma área de 38.150km2 (IBGE, 2007). Devido às características específicas dessa atividade, que varia desde a exploração de garimpos em pontos específicos no espaço por curto período de tempo, até grandes investimentos de empresas multinacionais em áreas extensas e com intervenções previstas por décadas, não tem sido fácil identificar as suas implicações. Em termos metodológicos, a alternativa aplicada para compreender a relação população e ambiente nessas situações de atividade extrativista, em um contexto regional, foi uma análise via dados secundários de variáveis demográficas como razão de sexo, situação do domicílio, composição etária e saldo migratório. Essas informações foram obtidas através dos
Censos Demográficos de 1970 a 2000 (IBGE) e agregadas em diferentes escalas, a fim de identificar de aspectos diferenciados em termos de impacto. Para que tais características da população representem o espaço delimitado, procura-se utilizar uma fonte ainda pouco explorada nos estudos de uso e ocupação do solo: Cadastro Mineiro
(Departamento Nacional de Produção Mineral / Ministério de Minas e Energia).
Introdução
A região amazônica despontou no cenário nacional com vocação ao que pode ser entendido como uma nova fronteira da extração mineral. Pesquisas em todos os estados da região demonstraram uma diversidade em substâncias e potencialidade de reservas
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