A arte e suas reproduções
Até onde a reprodutibilidade de uma obra de arte pode ferir a aura da mesma? Na era em que as reproduções se tornaram tão frequentes, o artístico luta por sua originalidade e pela preservação de seu significado estético. As reproduções fazem parte de um processo que se deu ao longo dos tempos, visto como fenômeno, através de etapas foi-se cumprindo um desenvolvimento dessas técnicas. Mas o fenômeno ganhou força e visibilidade com o surgimento da fotografia, fazendo com que surgisse a reprodução das imagens.
Este processo tem valor de sintoma; sua significação ultrapassa o domínio da arte. Poder-se-ia dizer, de modo geral que as técnicas de reprodução destacam o objeto reproduzido do domínio da tradição. Multiplicando-lhe os exemplares, elas substituem por um fenômeno de massa um evento que não se produziu senão uma vez. (BENJAMIN, 1982, p.214)
Algumas discussões surgem em torno das técnicas de reprodução. O que elas representam em relação às obras de arte? “A mais perfeita reprodução sempre falta alguma coisa: o hic et nunc (aqui e agora) da obra de arte, a unicidade de sua presença no próprio local onde ela se encontra.” (BENJAMIN, 1982, p. 212) Esses elementos pertencentes às obras, como: unicidade e autenticidade não puderam ser reproduzidos nessas técnicas, mas a arte teve que se adaptar a essas mudanças, isso por conta da industrialização.
O conceito amplo da originalidade defendido por Benjamin, que implica perfectibilidade não superado. O que ocorreu com a substituição do substrato único pelas cópias foi uma intensa clonagem de obra de arte e não reprodução, pois esta, em Benjamin, assim como na Biologia implica em recombinação, enriquecimento, diversificação. (ARAÚJO, 2010, p. 132)
Essas reproduções se dão por conta da necessidade da indústria de incentivar o consumo, mesmo sendo esse através de peças não originais. Imprimindo e evidenciando a satisfação proporcionada pelas