A arte portuguesa até aos anos 60

Ana Rita Dias, nº5 12ºA1 Arte Portuguesa até à década de 60 As artes manifestadas em Portugal até à primeira metade do século XX são dotadas de uma grande discrepância relativamente às correntes manifestadas na restante Europa, isto porque Portugal atravessava uma fase de instabilidade tanto política como cultural, social e económico (pela queda da Monarquia e instauração do Estado Novo). Foi devido ao grupo de jovens formado por Manuel Bentes, Eduardo Viana, Emmérico Nunes e Alberto Cardoso que se utilizou pela primeira vez a palavra Modernismo, em 1912 no I Salão dos Humoristas e, posteriormente, em 1915 na I Exposição dos Humoristas e dos Modernistas. A Revista Orpheu, publicada no mesmo ano e fundada por nomes como Fernando Pessoa, Almada Negreiros, Mário de Sá-Carneiro e Santa-Rita, ajudou igualmente para o aparecimento dos conceitos de Futurismo e Modernismo em Portugal. Até à década de 30 houve uma certa liberdade artística que permitiu o desenvolvimento destas correntes, contudo, a partir de 1933, o Estado Novo assumiu o podere e começou a controlar a criação artística e intelectual de modo a instaurar o seu lema tríptico de “Deus, Pátria e Família”, que deu origem a uma arte nacionalista que vigorou desde 1940 até meados de 1960. Nos anos 50 houve uma evolução a nível cultural no Mundo Ocidental, o que estimulou a intelectualidade portuguesa e levou-a a viver à margem do regime até à década de 60. Com todos estes fatores, apenas podemos falar do Modernismo a partir de 1915, exceto na arquitetura (que apenas surgiu em 1925/30, dividindo protagonismo com a arquitetura de cariz nacionalista).
A Pintura Modernista Manifestou-se com o modelo e o sentir simbolista e expressionista de António Carneiro, bem como com a Primeira Geração Modernista (Amadeo de Souza-Cardoso, Eduardo Viana, Almada Negreiros, Santa-Rita Pintor, entre outros). A controvérsia levantada por estes artistas revolucionou os meios artísticos portugueses, incitando uma renovação