A arte no neolítico
O período neolítico, também conhecido por Idade da Pedra Polida aparecem os primeiros arquitectos da história da humanidade. Esse avanço histórico e económico do ser das cavernas leva os historiadores a chamar essa época de Revolução Neolítica ou Revolução Agrária.
Esse desenvolvimento marcante da humanidade propicia o nascimento de instituições como a família, e em seu seio a divisão do trabalho. Com os rituais religiosos substituindo a magia, a constatação de que forças sobrenaturais regem o comportamento da natureza, a percepção de que as mudanças climáticas influem no cultivo da terra, o homem institui os cultos, a adoração aos ídolos, amuletos e símbolos sagrados, que podem ser invocados nos momentos mais difíceis. Assim, os homens assumem as funções mágicas e sacerdotais – arte sagrada – e as mulheres as tarefas artesanais, ou arte profana.
Erguem-se neste período os monumentos megalíticos, construídos sobre blocos de pedra monumentais e verticais – do grego mega, megalos, grande, e lithos, pedra -, com fins simbólicos e religiosos, mas principalmente funerários. Um exemplo desta construção é o Santuário de Stonehenge, na Inglaterra, uma das primeiras obras arquitectónicas da história – um imenso círculo de pedras, com dois outros círculos interiores a ele, voltado para o ponto onde nasce o sol no solstício de verão. Provavelmente era um local onde se cultuava o sol.
Surge também na era neolítica a produção do fogo, da cerâmica, a fiação, a tecelagem, uma arte que evolui para parâmetros geométricos, contrastando com o naturalismo realista do Paleolítico. Na criação das formas, o artista opta pelo abstraccionismo, pois os seus sentidos não precisam mais se concentrar na caça, podem assim se voltar para as imagens representadas em sua mente, ou seja, para o abstracto, o racional, produzindo um estilo não mais figurativo, mas mais condizente com o fruto de suas reflexões. Afinal, ele agora reserva os seus momentos de repouso para as