A arte mineira para o mundo
O artesanato mineiro tem como característica a multiplicidade e revela traços do passado colonial barroco. As igrejas e religiosidades inspiram os artesãos com suas mãos habilidosas que produzem peças em prata, estanho, madeira, palha, ferro ou barro. Além de caracterizar a cultura, o artesanato reflete o relacionamento do artesão com o meio ambiente. O artesanato está correlacionado com os recursos naturais existentes e decorre, necessariamente, da relação entre o homem e o meio e reflete o sistema de vida adotado pelos moradores da região.
Ao partirem para o centro da Colônia, tomados pela cobiça às pedras preciosas, as Entradas e Bandeiras carregavam experiências artesanais, que se juntaram com as experiências indígenas e posteriormente com a dos negros africanos, criando então uma variada e fantástica indústria artesanal, que nos dias atuais encantam os quatro cantos do mundo. Oriundos muitas vezes de mãos simples e calejadas, o artesanato mineiro, tradicional ou novo, é uma arte popular marcada pela ousadia criativa. Mãos que molda o barro, que movimenta o tear, que entalha a madeira, borda o pano, que coze a palha, trança o cesto, esculpe a pedra, verga o metal, funde o vidro, craveja as pedras semi-preciosas, ou mesmo produzindo sua própria matéria prima nos plantios dos roçados, revelam a alma, a história, os costumes, a identidade, as emoções e as autênticas tradições regionais ou de grupos sociais, através de uma arte original, despreocupada com a sofisticação.
Desde o século XVIII, trabalhadores que utilizam as mãos e algum instrumento como extensão dos dedos para confeccionar peças de uso decorativo e utilitário se fazem presentes nas áreas colonizadas de Minas Gerais. Oficinas caseiras exibiam mestres, oficiais e aprendizes nas mais diversas atividades: produção de mobiliário doméstico, joalheria, instrumentos musicais, de trabalho e de transporte, objetos de lazer, etc.
A economia de Minas, no setor de