A argumentação pelo exemplo

O exemplo A argumentação pelo exemplo, que é largamente conhecida e que constitui excelente recurso em situações de controvérsia, é elaborada com base num processo de generalização a partir de caso particular. Por conseguinte, o exemplo serve para confirmar uma regra que se pretende provar; vai, em suma do fato à regra. Recorre-se ao argumento pelo exemplo se, defendendo a tese de que as pessoas de 50 anos de idade ainda podem realizar grandes coisas, usa-se como prova o exemplo do romano Julio César (100-44 aC), que, depois de seus cinquenta anos, venceu os gauleses, derrotou Pompeu e tornou-se governador absoluto de Roma. Não é sem sentido notar que o exemplo é figurativo, ou seja, apresenta fatos concretos: pessoas, acontecimentos, situações particulares e não abstratas. Na história recente do Brasil, quando Tancredo Neves pretendia ser candidato à presidência da República, houve, dentro do PMDB, rumores contrários à sua candidatura, alegando ter ele idade avançada. De imediato, Tancredo argumentou pelo exemplo, retrucando que, aos 23 anos, Nero tinhas posto fogo em Roma, e que, com 71 anos, Churchill havia vencido os nazistas, na Segunda Guerra Mundial.
No texto, para explicar esse tema, Victor Gabriel Rodríguez utiliza um trecho do texto de Bernadino Gonzaga para explicar como um exemplo bem colocado funciona como grandes argumentações.
Portanto exemplo é espécie de argumento que vai do fato à regra. É, então, modo de argumentação diferente da analogia, porquanto esta compara dois casos para destes extrair uma pretensão ou regra final. O exemplo pode servir ora apenas como uma ilustração – como diremos mais adiante -, ora como efetivo meio de se comprovar regra útil ao discurso.
Requisitos do exemplo A questão mais natural que se coloca a respeito do exemplo é se ele pode mesmo confirmar a regra. As ciências geralmente procuram, antes de formular uma regra qualquer, pescar uma série de exemplos distintos, para que se possa buscar uma