A américa latina: males de origem
Manoel Bomfim em sua obra “A América Latina: Males de origem” vai trabalhar com um conceito chave de pensamento denominado “parasitismo”. O qual ele atribui a classe dominante, que é o principal responsável pela decadência de povos e civilizações anteriormente considerados grandes impérios. Como é o caso de Grécia, Roma, entre outros.
De acordo com o autor, essa classe dominante vive do “conservadorismo”, o qual sua essência consiste na inercia.Diferente da essência da “vontade”, considerada a ideal, a qual propiciam transformações relevantes para a sociedade. Sendo que essa vontade é algo que deve ser educada, formada e desenvolvida. Independente da condição racial do indivíduo, ele pode sim, adquiri-la.
Dessa forma, esse parasita se mantinha a custa dos explorados, nome designado à camada de classe inferior economicamente.Tecendo doravante uma analogia enfatizando que as metrópoles representavam os parasitas e as colônias o parasitado. Ou seja, havia entre as duas a mesma relação que a classe de trabalhadores escravizados e a classe dos exploradores. (BOMFIM. P, 342).
Todavia ele elenca o fato de que não acontecia nessas sociedades uma renovação, mesmo que esporádica, de novos elementos que chegassem à classe dominante. Algo não cogitado devido à classe inferior estar submetida à escravidão. Contudo Bomfim explica que nas grandes nações da atualidade já se encontra essa renovação:
“Nas grandes nações atuais, o que se vê é isso mesmo: classes dominantes, parasitando sobre o resto da sociedade. Mas, ai, as condições de liberdade permitem a renovação constante dessas classes. As camadas inferiores são os viveiros donde saem continuamente os novos elementos que lhes vem dar vigor, e cobrir os claros, compensando o que a degradação parasitaria tem consumido.” (BOMFIM. P, 335).
Já no que concerne as repúblicas sul- americanas, ele comenta que não são nações candidatadas à decadência. Visto que, não