Resenha Manoel Bomfim (2008) em seu livro “América Latina - males de origem”:
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O etnocentrismo exacerbado, bem como, o eurocentrismo, afetam em muito a visão errônea que se tem da América do Sul, como se aqui houvessem pessoas alienadas de tudo e propensas ao sopro de qualquer ideia que possa ecoar advindas de outros hemisférios. Sendo que temos provas de pessoas brilhantes que despertaram no cenário internacional, como o grande maestro Heitor Villa Lobos (1887-1959), sem falar de pensadores latinos americanos sendo exportados para auxiliarem em todos os ramos empresariais trabalhando em grandes empresas internacionais, pessoas que estão fora dos holofotes, mas que sim, representam um povo que tem suas peculiaridades e apesar das dificuldades sociais enfrentadas, e diga de passagem: qual o lugar do Planeta Terra que não passa por algum problema social? Os sul-americanos, como qualquer outro ser humano, tem suas habilidades mentais em pleno exercício. Esse preconceito que se tem em relação à América do Sul relembra a ideia estereotipada que se tinha sobre os negros no século XVIII e XIX de seres menos capazes. Segundo Manoel Bomfim (2008) em seu livro “América Latina - males de origem”: “A opinião pública européia sabe que existe a América Latina... e sabe mais: que é um pedaço de continente muito extenso, povoado por gentes espanholas, continente riquíssimo, e cujas populações revoltam-se freqüentemente.(...) Onde estão essas riquezas, o que valem; como se fazem as revoluções, quem as faz, onde as fazem: são questões que se não definem, sequer, no obscuro longínquo desta visão única – a América do Sul... É dela que se fala. Mesmo quando venham nomes particularizados – Peru, Venezuela, Uruguai... não importa: o que está ali, a imagem que se tem na mente é a da América do Sul. No entanto, se a Europa ignora o que é este pedaço de Ocidente, nem por isso esquece que ele existe; e, nos últimos tempos, lhe tem dedicado, mesmo, uma atenção especial. Não que lhe dê o espaço e a importância