A actuação da água das chuvas sobre o calcário
A água no seu interminável ciclo, absorve grandes quantidades de dióxido de carbono quando atravessa a atmosfera e se condensa, para depois se precipitar novamente sobre a terra em forma de chuva.
Nas zonas calcárias quando chove estas águas, espalham-se nos terrenos em todas as direcções, ao sabor dos declives que vão encontrando, e escoam pelas fendas encontradas no calcário aumentando-as quer pela erosão mecânica natural, quer pela reacção química causada pela presença de dióxido de carbono.
O calcário que é formado sobretudo graças ao carbonato de cálcio, ao entrar em contacto com as águas saturadas em dióxido de carbono origina bicarbonato de cálcio, passando assim de uma substância insolúvel a uma substância solúvel.
No seu processo de permeabilização estas águas ao atingirem as amplas cavidades anteriormente formadas (grutas) geram pequenas gotas que se desprendem dos tectos, das mais variadas alturas criando nesse processo todo o tipo de formações.
Uma parte destas águas vai naturalmente sofrendo o fenómeno da vaporação, diminuindo assim, substancialmente a quantidade de dióxido de carbono que nela existia inicialmente. Esta operação origina uma reacção química inversa à anterior, ou seja a formação de novo do carbonato de cálcio que, sendo insolúvel, fica suspenso dos tectos sob formas sólidas coniformes de vértice para baixo, pela qual vão "crescendo" lentamente através dos séculos sob o nome de estalactites. No entanto, se as gotas, mercê de uma permeabilização mais intensa se desprendem ritmicamente de uma cadência regular, dos tectos, o fenómeno químico concretiza-se, fazendo com que as formações cresçam a partir do chão sendo conhecidas por estalagmites. Pode ainda dar-se a união das formações criando lindíssimas colunas de caprichosos efeitos.
Nos tectos, mercê de fissuras muito estreitas e compridas, por onde as águas terão de escorrer na sua permeabilização, sucede formarem-se frequentemente