A Abordagem Centrada na Pessoa

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A Abordagem Centrada na Pessoa ( ACP ) é conhecida por sua forma de atuação não diretiva, ou seja, deixando que o paciente tome a responsabilidade no processo terapêutico e que ele mesmo conduza a terapia.
Umas das questões principais é se existe um direcionamento na relação terapêutica. Este direcionamento não esta no processo da pessoa em tornar-se plena, mas na relação com o paciente em ajudar a atingir a profundidade que o fará envolver-se no processo.
Chamando a abordagem de não diretiva, podemos nos referir a tomada do processo que depende do curso que o cliente quiser dar, não havendo influencia do terapeuta neste contexto.
Contudo, acredito que haja um direcionamento na atuação do psicoterapeuta em, compartilhando do paciente, levá-lo a atingir uma comunicação mais profunda consigo mesmo, uma responsabilidade no processo.
As histórias trazidas pelo paciente, os fatos tais quais aconteceram e a forma como se desenrolou a situação descrita em si mesma não se tornam o foco central de atenção do psicoterapeuta, mas, por conseguinte, os sentimentos intrínsecos ao sujeito que estão por detrás da narrativa. Acredito que caso queiramos ainda denominar a Abordagem Centrada na Pessoa como não-diretiva, possamos fazê-lo em relação ao fato de que a psicoterapia nesta abordagem se inicia sem uma direção definida, que não há uma estratégia pré- determinada, que não se traçam planejamentos para a mesma.
Há a nossa confiança de que aquilo que realmente seja importante ao paciente e que este deseje trabalhar em si mesmo será abordado por ele durante o processo, surgindo como demanda, isto é, os conteúdos a serem trabalhados não são previamente definidos. Contudo, qualquer que seja a fase experiencial em que se encontre o paciente este deverá ser aceito incondicionalmente de forma que nós possamos seguir o fluxo de seu crescimento.

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