Abordagem centrada na pessoa
A ACP não é uma teoria, uma terapia, uma psicologia, uma tradição. É meramente uma abordagem. Ou seja, não é um método, ela toma forma de acordo com a demanda. É um “jeito de ser” (Rogers, 1980) descreve como: “Os indivíduos têm dentro de si mesmos amplos recursos para a auto-compreensão, para alterarem seu auto-conceito, sua atitude básica e seu comportamento auto-dirigido; esses recursos podem ser mobilizados se lhe for proporcionado um clima definido de atitudes psicológicas facilitadoras. Para tanto, a ACP não é teorizante (no sentido de não produzir teoria antes da prática), mas ela não prescinde de uma teoria, pois, afinal, a preocupação de Rogers era a de fundar uma abordagem psicológica; para isso, logicamente, era necessário que se elaborassem teorias. Rogers acreditava que a terapia poderia ajudar as pessoas a se unir novamente com o processo organísmico de valoração. Pelo fato de orientar-se pelos insights do cliente e não do terapeuta, essa abordagem foi denominada de terapia centra no cliente. O foco é dado na experiência do cliente e principalmente nos sentimentos, para que se possa mobilizar a força geradora de crescimento da tendência para a realização. Rogers desenvolveu sua técnica terapêutica longe da academia e o que o guiou foi, “o que funcionava” e não qualquer consideração teórica. Por ter se convencido de que os preconceitos teóricos interferiam no progresso terapêutico, acabou deixando as teorias de lado e começou a ouvir o que os seus clientes diziam e descobriu que as experiências dos clientes forneciam direções muito mais valiosas para o crescimento. Por dar ênfase na experiência e direção do cliente, Rogers chamou esse método de terapia centrada no cliente. Na abordagem rogeriana, para se aplicar o seu método na psicoterapia, não existe uma “técnica”, mas sim o amadurecimento do psicoterapeuta, já que as condições desenhadas por Rogers tem que surgir de forma natural e espontânea.