ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA
Aula-tema: Princípios e conceituações das abordagens Centrada na Pessoa e suas aplicações nos campos clínicos, educação, organizações e saúde.
Boa Vontade e a Abordagem Centrada na Pessoa
A ACP consiste em um enfoque dos problemas humanos composto por princípios gerais que regem a Terapia Centrada no Cliente, desenvolvida por Carl Rogers. John Wood, importante colaborador de Rogers, foi o responsável por disseminar esta nova forma de enxergar a ACP, que outrora era tida apenas como uma abordagem mais ampla da Terapia Centrada no Cliente. A partir daí, tornou-se possível visualizar a sua aplicação em diversas áreas, como educação e conflitos grupais.
Rogers postulava que a partir de uma relação empática entre cliente e terapeuta, seria possível o “florescer” da pessoa. Para ele, todo ser humano tem em si a capacidade de transformar-se, de desenvolver-se.
Há três condições centrais nesta abordagem. A primeira é a congruência referindo-se à transparência do terapeuta com o cliente. A segunda é a consideração positiva incondicional, que consiste na aceitação de forma positiva e calorosa com aquilo que é trazido para o terapeuta. Por fim, a compreensão empática, que diz respeito a ver o problema do outro a partir do referencial do outro.
A Boa Vontade, segundo o artigo, a partir de um levantamento bibliográfico, não possui nenhum estudo claro à respeito de sua definição. De acordo com as pesquisas tanto a realizada em sala, quanto a apresentada no artigo, o significado da BV está ligada à percepção de uma necessidade alheia e a realização de uma “boa ação”, tendo por característica marcante a disponibilidade.
Relacionando as respostas às características descritas por Wood (1994 III-IV), entende-se que a percepção da necessidade alheia e a realização de uma boa ação, estão ligadas à intenção de ser eficaz, que consiste na intenção de auxiliar outro a fazer mudanças na personalidade. Já a disponibilidade, relaciona-se com a flexibilidade de