Zeólitos
(Estrutura cristalina do zeólito A)
Ana Rita Silveira Cardoso Marques
Licenciatura em Química
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Índice
1. Introdução
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2. Estrutura e propriedades dos zeólitos
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3. Aplicações dos zeólitos
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3.1 Os zeólitos como catalisadores na indústria
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3.2 Na indústria de detergentes como amaciador de água
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3.3 Adsorventes de odores
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Referências
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1. Introdução
O reino mineral é abundante em exemplos de materiais poro sos. A pedra-pomes é um óptimo exemplar de material poroso porque a sua porosidade é evidente, mesmo sem o auxílio de nenhum equipamento. O desenvolvimento da porosidade em minerais depende de uma série de factores que controlam a solidificação do magma. Durante a cristalização do magma em regiões de média a grande profundidade, os compostos anidros cristalizam-se primeiramente. Isto faz com que os componentes voláteis, principalmente a água, se acumulem em zonas de cristalização subterrâneas.
Há cerca de 250 anos o mineralogista sueco Axel Fredrick Crönsted (1722-1765)1 descobriu que a estilbite [NaCa2Al5S13O36.14H2O], um mineral natural, perdia água visivelmente quando era aquecido. Verificou que ao aquecer este mineral, a água que este continha vertia pa ra fora do mineral, dando a ideia que este tinha entrado em ebulição. Tendo em conta este facto observado,
Cronsted decidiu atribuir a esta nova família de minerais (aluminossilicatos hidratados) o nome de zeólitos, denominação derivada do grego clássico, que significa “pedras que fervem” [do grego zein que significa ferver e lithos, pedra]. Durante essa época foram essencialmente usados pela beleza dos seus cristais em joalharia.
Ainda não havia passado um século após a descoberta do primeiro zeólito natural, e já em
1840, Alexis Damour (1793-1793) descobria que os cristais de zeólitos podiam ser desidratados reversivelmente sem que ocorresse qualquer alteração na sua transparência ou na sua forma
cristalina