Zapata vive
Por Mateus Mendes Pereira, graduando da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas nº USP 8031163
ROVIRA, Guiomar. Zapata Vive: la rebelión indígena de Chiapas cotada por sus protagonistas.
Um ótimo texto. Resolvi iniciar essa última resenha, com uma crítica positiva. Com um desenvolvimento de texto fácil, com um corpo descritivo e calcado em relatos, o texto de Guiomar Rovira apresenta o levante de resistência indígena nos dias atuais nas Chiapas. Através de um texto obviamente tendencioso para o lado do levante, por possuir relatos do lado rebelde, o texto para mim, dividiu-se em duas partes.
A primeira parte, apresenta o contexto atual, as reinvindicações, as lutas, as características, a ideologia, propostas e todas as outras informações gerais do movimento conhecido como Levante Zapatista. O ressentimento apresentado nessa primeira parte, é explicada pelas sucessivas buscas de igualdade, combatidas por todos os governos pelo simples fato de existir um desinteresse a essa parcela da população. Há ainda criticas aos interesses do NAFTA, bloco econômico que estaria apresentando apenas vantagens para os EUA e as elites.
E não se explica essa rigidez do Levante apenas pelo presente. A segunda parte deve-se ao contexto histórico, apresentando toda uma cronologia motivacional para algumas ideologias, pareceres e posições políticas atuais dos indígenas pertencentes ao movimento. Além disso, descreve assim toda uma cronologia desde o início do movimento, seu crescimento e a declaração de guerra contra o exército federal Mexicano.
O texto dialoga-se entre essas duas partes. Inicialmente apresenta um grupo totalmente carregado de feridas históricas, feridas essas que os condicionam a ter aversão por exemplo dos mestiços e brancos, dando sua total confiança e “filtrando” o grupo revolucionário apenas para indígenas. Assim, o contexto histórico, responsável pela segunda parte do texto, apresenta-se de modo a explicar o que motivou