Youtube e a midia de massa
Ao introduzir o texto “O Youtube e a mídia de massa”, é importante destacar que este capítulo, do livro “Youtube e a Revolução Digital”, desenvolve uma análise temática da cobertura de mídia de massa sobre o Youtube entre 2006 e 2007. Ou seja, o texto, publicado em 2009, relata o período inicial do Youtube, em um contexto diferente do qual o vemos agora.
“O Youtube representa claramente uma ruptura com os modelos de negócio da mídia existentes e está surgindo como um novo ambiente do poder midiático”
Há um conflito na cobertura da mídia sobre a plataforma, onde os mesmo programas que a apresentam como algo bom, uma nova mídia e um ambiente potencial para expressão individual de pessoas comuns, a mostram como algo ruim, que ameaça o domínio da mídia e um meio de comunicação em massa mal regulamentado.
O PÂNICO MIDIÁTICO: Ainda que seja possível encontrar no Youtube vídeos de entretenimento e produções culturais, eles são encontrados ao lado de vídeos violentos e de cyberintimidação, a um clique de qualquer um com acesso ao Youtube (Rawstorne e Crouch). Apesar disso, a mídia de massa enfatiza os riscos do mau uso da tecnologia, ligando a imagem do Youtube e dos jovens "nativos da tecnologia" à desordem e violência. Com isso a mídia de massa acaba criando um pânico moral, relatando constantemente os perigos dessa plataforma, amplificando na mente das pessoas essa imagem ruim. Esse tipo de medo não surgiu com o Youtube, sempre que ferramentas de registro e produção cultural caem na "mão da massa", há essa preocupação. Ainda se fala que muitos desses vídeos "ruins" possuem relativamente pouco alcance antes de serem exibidos pela mídia tradicional, sugerindo que, talvez, esse discurso só leve à proliferação deste tipo de conteúdo, incentivando sua produção e evolução, ao invés de exercer uma influência positiva.
OS SIGNIFICADOS DO VÍDEO AMADOR: O Youtube popularizou a produção cultural, permitindo