Wundt
A crença de Wundt de que a ciência experimental que ele criara em Leipzing era um projeto limitado, como demonstra Farr (2004), conduziu a seu repúdio pela geração mais jovem de psicólogos experimentais. Não podiam perdoar o fundador da sua disciplina por ter afirmado que a psicologia era apenas em parte um ramo das ciências naturais. Wundt afirmava que não era possível estudar os processos mentais mais profundos de maneira experimental.
Começou um movimento no sentido de provar que Wundt estava errado: Külpe, em Würzburg, estudando o pensamento sem imagem e Ebbinghaus, em Berlim, estudando a memória.
Para a geração mais nova de experimentalistas, especialmente Külpe e Ebbinghaus, o organismo substituiu a psique como foco de atenção. A substituição da psique pelo organismo, segundo Farr (2004) foi um passo preliminar importante no processo de considerar a psicologia como um ramo das ciências naturais. Esse fato marca também a transição da filosofia para a biologia como a disciplina-mãe para a psicologia.
Nos Estados Unidos, Watson proclamou que a psicologia era totalmente um ramo das ciências naturais ao declará-la como ciência do comportamento.
“A visibilidade do indivíduo e das diferenças entre os indivíduos fez com que fosse mais fácil estudar esse último. (...) Wundt, em sua ciência experimental estava interessado pela mente em geral, e não pelas mentes em particular.” (Farr, 2004, pág. 41)
A psicologia de Wundt
Para Wundt a psicologia era uma ciência intermediária entre as ciências da natureza e as ciências da cultura.
O objeto da psicologia é, para Wundt, a experiência imediata dos sujeitos, embora ele não estivesse interessado, primordialmente, nas diferenças individuais entre esses sujeitos. Experiência imediata é a experiência tal como o sujeito a vive antes de se por a pensar sobre ela, antes de comunica-la, antes de “conhecê-la”. É, em outras palavras, a experiência tal como se dá. Contudo, Wundt não