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Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
X Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste – São Luis, MA – 12 a 14 de junho de 2008.

Análise das possíveis leituras estéticas no filme 1,99- Um Supermercado que Vende
Palavras.
Cíntia Guedes Braga1
Matheus Araújo dos Santos2
Graciela Natansohn 3
Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA

Resumo:
Partindo dos conceitos trazidos pela Estética da Recepção pós-estruturalista, principalmente a partir da valorização do campo comunicativo da arte promovido por
Hans Robert Jauss, que aborda a obra de arte como um produto aberto até o momento de sua fruição; e que afirma que as possibilidades de leitura da mesma estão mais relacionadas à leitura do que à intenção do artista, o presente artigo aponta três possiveis leituras do Filme 1,99- Um Supermercado que Vende Palavras de Marcelo Masagão, que promove algumas reflexões acerca da sociedade de consumo. Nessa análise, verificaremos como leituras diferenciadas e complementares da obra encontram bases em teóricos com visões diferenciadas sobre da Sociedade de Consumo como Jean
Baudrillard e Gilles Lipovetsky.
Palavras-chave
Estética da Recepção, Possibilidades de Leitura, Sociedade de Consumo.

1. Introdução. Da estética da Recepção.
O presente artigo tem como objetivo principal realizar uma análise de uma obra a partir dos conceitos formulados pela Teoria Estética da Recepção, verificando como se aplicam conceitos de obra aberta, possibilidades de leituras e horizonte de expectativas. O termo aqui utilizado a partir de Jauss “horizonte de expectativa” faz alusão à expectativa inicial do público sobre a obra a partir de suas experiências estéticas anteriores. Para o autor, o valor de uma obra pode, ou deve ser julgado pela distância estética que a opõe à expectativa de seu público inicial, constituindo uma nova forma de percepção.

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Bolsista Petcom, estudante do 4º semestre do Curso de Produção