WiGig
Desenvolvida pelo IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers) e demonstrada na CES deste ano, ela pode complementar o WiFi e alcançar velocidades muito maiores, fazendo a conexão saltar de 600Mbps para 7Gbps, embora com alcance menor (10 a 20 metros). Segundo Carlos Cordeiro, membro sênior do IEEE e arquiteto-chefe de Padrões da Intel, que trabalha no desenvolvimento da tecnologia no Brasil, seria uma conexão mais segura, por ser mais direcional. Também ajudaria a incrementar a sincronização de dados com dispositivos móveis. Os primeiros aparelhos com a tecnologia devem aparecer por aqui no ano que vem.
Conversei com Cordeiro por e-mail sobre o tema.
Como nasceu a tecnologia WiGig?
O WiGig foi desenvolvido pela WiGig Alliance (www.wigig.org). Várias empresas participam da WiGig Alliance, como Intel, Dell, Panasonic, Broadcom, Cisco, Microsoft, entre outros.
Qual a relação da tecnologia com o WiFi? Dispositivos WiFi seriam automaticamente compatíveis com ela? Sim. Diversos fabricantes de rádios WiGig anunciaram planos para lançar produtos equipados com WiFi e
WiGig ao mesmo tempo. Portanto, do ponto de vista do usuário final, o uso de WiFi e WiGig será em grande parte transparente.
Ela é mais rápida que o WiFi? A que velocidades chega?
Sim. O WiGig usa a faixa de frequência de 60 GHz, que é bem acima das frequências utilizadas por WiFi. (A velocidade pode chegar a 7Gbps).
Diz-se que o WiGig pode substituir a contento conectores USB e cabos HDMI, trocando-os por antenas compactas. Mas teria segurança aproximada à de uma conexão física?
Sim. Não bastasse o WiGig usar tecnologias de autenticação e criptografia reconhecidas internacionalmente, a propagação de sinais nas frequências usadas pelo WiGig faz com que as transmissões sejam direcionais. Ou seja, o sinal se propaga apenas para o destino desejado e não em todas as direções, o que faz a interceptação de sinais se tornar extremamente difícil.
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