Welfare state

Considerações Finais
A tendência do pensamento liberal, que joga milhões de seres humanos em situação de miserabilidade, manifesta uma posição francamente contrária à Assistência; de ouro o esforço sincero de investigadores das ciências sociais, que buscam fundamentá-la a partir de novos pressupostos. Atualmente, a Assistência é afirmada como um direito social e uma ampliação para a cidadania e explicitamente reivindicada como estatuto de uma política social. A contradição presente na gênese do sistema da sociedade capitalista, ainda hoje se faz muito viva, especialmente quando a crise de Welfare State põe em cenário o jogo de contradição entre os diferentes direitos, apontando para a crise de igualdade. Por isso, pouco adianta tentar combater as desigualdades em um sistema que se funda exatamente sobre elas. A “ideologia igualitária” é um dos pontos mais atacados pela ofensiva neoliberal, dessa forma, a temática sobre igualdade e justiça social constituem numa das chaves para permitir apreender certas questões. É ilusório pensar que os direitos sociais sejam “absolutos” e universais, portanto, o problema dos direitos sociais não está em justificá-los, mas em protegê-los. Isto fica mais claro quando se considera que a Assistência, na sua expressão de Welfare State, só foi possível nos países mais desenvolvidos. Constata-se que a Assistência se move em um espaço marcamente contraditório, assumindo por isso marcas demasiadamente conjuntural. Em todo o período do Estado Social de Direito, sobretudo na expressão do Welfare State keynesiano, ela assume o estatuto de direito social e, se apresenta em sua forma mais encorpada. Para Marx, a burguesia sabia do que devia se proteger, então, impunha oferecer, portanto a Assistência reconhecida como direito social não interfere na mudança de estrutura de uma sociedade desigual, mas contribui para sua manutenção. Na atual fase do neoliberalismo, se expressa um impasse em relação aos valores igualitários do próprio ideário da