Welfare State

Gosta Esping-Andersen (1991) explica a origem e desenvolvimento do welfare state. A variável independente usada é o poder político da classe trabalhadora. As variáveis explicativas são a natureza da mobilização de classe, especialmente de trabalhadores, como os tipos e grau de organizações sindicais, a quantidade de cadeiras parlamentares de partidos socialistas, o tempo de controle socialista do gabinete; as estruturas das coalizões políticas de classe, como os tipos de alianças e o grau de unidade política dos partidos não socialistas; e o legado histórico de institucionalização do regime, em especial a incorporação da classe média. As diferentes combinações dessas variáveis originam três diferentes regimes de welfare state: social-democrata ou universalista, conservador ou corporativo, e liberal.
O argumento do autor é de que nos regimes social-democratas ou universalistas, há solidariedade entre as classes e na nação, os movimentos trabalhistas são fortes e expressavam poder político através de partidos políticos, que ficaram tempo considerável no poder, pressionando por políticas sociais e estabeleceram um sistema de proteção social abrangente, universal e com direitos garantidos.
Nos regimes liberais, os movimentos trabalhistas são fracos e o welfare state se configurou como políticas de assistência social limitadas, que reforçam a necessidade do trabalhador vender sua força de trabalho.
Nos regimes conservadores ou corporativos, os Estados eram geralmente absolutistas e as políticas sociais foram de iniciativa estatal e foram costruídas com influência da Igreja e de outras forças conservadoras para conter o avanço do socialismo e do capitalismo. Havia diferenças na distribuição de contribuições e benefícios, servidores tinham maiores privilégios.
Marta Arretche (1995) apresenta conjuntos teorias explicativas sobre a origem e desenvolvimento do welfare state, sendo de ordem política ou econômica.
1. A primeira teoria, de ordem econômica, é de que “o