Web Semântica como Ferramenta de Apoio ao Jornalista para a produção da Notícia
Carlos Eduardo Fernandes Bento de Oliveira Pinto
Leonardo Souza Marques
Lurdes Maria Mateus da Silva Ferreira
2013
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O jornalismo no contexto actual
Em Portugal, só no início do último quartel de Oitocentos, do século XIX é que o jornalismo começa a ser encarado como uma profissão, com a divisão de tarefas, atribuição de cargos específicos e especialização por áreas.
“Até então, além dos elementos da redacção, o jornal contava com colaboradores eventuais, mais ou menos identificados com a linha política do jornal. Esta situação é exposta publicamen te numa declaração assinada por Alexandre Herculano, Garrett, Rodrigo da Fonseca e o visconde de Juromenha, na qual é pela primeira vez marcada a independência do escritor em relação à feição política do jornal em que colabora. Entrava-se, assim, na formação da categoria profissio nal do jornalista, e, ao mesmo tempo, numa certa autonomia da redacção dentro da organização do jornal.” (TENGARRINHA; 2013; 856)
É com a Regeneração que se dá a primeira mudança de paradigma da comunicação. A imparcialidade do jornalista face ao poder político e ao poder económico e a necessidade de informar os cidadãos, como forma de os ‘apetrechar’ de conhecimentos do que se passava na sua terra, no País e no
Mundo. A informação passou a ser ‘uma arma’ de defesa do cidadão, da democracia e da afirmação do País como Nação independente.
Há, então, que aumentar as tiragens, levar o jornal a mais zonas do País, alargar o número de correspondentes, colaboradores e do próprio corpo redactorial. Para isso é necessário capital, investidores, sócios e, gradualmente, “o jornalista passa da condição de proprietário para a de assalariado”. (ibidem). Esta necessidade de mobilizar mais meios técnicos e humanos transforma o jornalismo numa indústria que reflecte, de imediato, a necessidade de gerar lucro.
Na viragem do século constata-se uma