Warehouse
Os armazéns representam aproximadamente 30% dos custos logísticos totais, e a sua participação vem crescendo nos últimos anos. Na grande maioria dos casos, as operações de movimentação e armazenagem de materiais representam um custo equivalente de 1% a 5% da receita bruta das empresas, sendo, portanto, um dos mais importantes custos da empresa.
Dada sua relevância pela representatividade em custos e o seu papel em racionalizar o processo de abastecimento de linhas produtivas ou em aproximar mercados, é de vital importância entender o papel dos armazéns e as diferentes formas de explorar o seu potencial de adicionar valor à cadeia logística.
Figura: Armazém classe mundial
A Evolução dos Armazéns
Caminhamos para uma contínua evolução dos armazéns, tanto em seu papel e importância, como em sua infraestrutura física. Nas décadas de 60,70 e 80, os armazéns eram vistos como áreas meramente acumuladoras de materiais, com pouca ou nenhuma complexidade. As construções eram simples, sem nenhuma sofisticação, pisos com alta capacidade de resistência, docas elevadas, entre outras tecnologias aprimoradas.
A partir da estabilização econômica, alcançada com o plano real em meados da década passada, uma importante mudança começa a ocorrer no comportamento dos consumidores brasileiros. Aos poucos, deixamos de fazer compras mensais (impulsionados pela espiral inflacionária) que abasteciam a despensa de nossas casas e passamos a comprar menos, porém em mais vezes. Ou seja, nos transformamos em visitantes semanais dos supermercados, cada vez mais atraentes para os consumidores, pelas ofertas semanais e pelos inúmeros aniversários realizados ao ano.
O fracionamento das compras por parte dos consumidores provocou uma mudança radical nos armazéns, até então adaptados a lidar apenas com paletes completos e cargas fechadas. Nesse momento, surge a necessidade de quebrar os grandes lotes em lotes menores, em frações de paletes, em caixas e até em unidades