Wangari
Por Sonia Regina Reis Pegoretti
Através dos tempos, pudemos testemunhar a grande força feminina seja nos movimentos sociais, na expressão das artes ou no ativismo político. Essa é mais uma história de uma dessas mulheres que fez a diferença em seu país, o Quênia: Wangari Maathai. Em 2004, Wangari Maathai foi a primeira mulher da África a receber o Prêmio Nobel da Paz, concedido pela sua conexão entre saúde do meio ambiente do seu país e o bem estar do seu povo. A escritora e ilustradora Claire A. Nivola começa essa biografia contando um pouco da vida da pequena Wangari. De quando ela era criança e aprendeu a respeitar as figueiras sagradas, ou com as brincadeiras com os girinos nas margens dos rios quando ia buscar água para sua mãe. A menina foi crescendo e sempre amou morar naquele lugar. Mas um dia teve que se despedir da sua terra, e foi morar por cinco anos nos Estados Unidos para estudar biologia. Na sua volta, quanto aprendizado na mala ela trazia! Mas para sua surpresa, seu país não era mais o mesmo. A paisagem verde já quase não existia mais, as figueiras estavam cortadas e nos rios secos já não podiam se esconder as rãs. As pessoas já não comiam mais o que plantavam, mas compravam tudo nos mercados. Mas guerreira como era ela não desistiu, e através de uma idéia simples, conseguiu o respeito e a união das mulheres do campo. Agora elas faziam parte da solução de um problema que assolava a terra que todos amavam. A ilustração do livro é belíssima, fazendo o leitor se transportar direto para as paisagens e para o seio de uma aldeia queniana. Uma história envolvente, que mostra a luta e a coragem de uma mulher em prol de toda uma sociedade.
FICHA TÉCNICA:
Obra: Plantando as árvores do Quênia: A história de Wangari