Wallmart
Imperativos da globalização
A Wal-Mart precisava se globalizar? Ninguém tinha dúvida de que ela havia criado um modelo empresarial perfeito para concorrer nos Estados Unidos. Por que não prosperar apenas como uma empresa de varejo norte-americana? A resposta é que a empresa precisava crescer para sobreviver, e a arena internacional era a única que lhe possibilitaria alcançar um crescimento significativo. Por que o crescimento era tão importante? Primeiro, a empresa precisava demonstrar aumentos de vendas e lucros para satisfazer as expectativas do mercado de capitais. Segundo, precisava satisfazer as expectativas de seus funcionários.
Um dos fatores-chave do sucesso era seu quadro de funcionários dedicados e comprometidos. Devido ao plano de participação acionária da Wal-Mart, a situação financeira desses funcionários estava diretamente ligada ao valor de mercado das ações da empresa. Isso criava outra ligação direta: o crescimento e seu efeito tanto no preço das ações como no moral da empresa. Em vista da necessidade de crescer, a Wal-Mart não poderia dar-se ao luxo de limitar sua atuação aos Estados Unidos por três motivos.
Primeiro, já havia saturado a maioria dos mercados internos. Segundo, os Estados Unidos representam pouco mais de 4% da população mundial. Limitando-se a esse mercado, a Wal-Mart estaria perdendo 96% dos clientes potenciais em todo o mundo. Terceiro, os mercados emergentes ofereciam enormes possibilidades de crescimento na área de varejo de desconto devido à baixa renda disponível para consumo. Outras empresas já se haviam beneficiado desse tipo de crescimento graças à rápida expansão da tecnologia