W3 Sul

A Avenida W3 é um eixo que corta o Plano Piloto em seu sentido longitudinal, tendo uma extensão aproximada de 12 km e é configurada nos trechos Norte e Sul. Em sua concepção se tratava de uma via de serviço, tendo como principal função o trânsito de caminhões, responsáveis pelo abastecimento do comércio atacadista que supririam as necessidades dos comércios locais das quadras residenciais mas, a proposta original não foi implementada. Em 1958 essa faixa foi destinada à construção de residências uni familiares para abrigar os primeiros trabalhadores e suas famílias.
As garagens oficinas e depósitos seriam instalados na faixa das Quadras 500 com a frente voltada para a via W2, em frente às Quadras 300, e teriam como finalidade abastecer os comércios locais das superquadras, enquanto que as hortas e pomares se localizariam na faixa das Quadras 700. Esta proposta não chegou a ser implementada tendo em vista que:
“A faixa destinada à floricultura, horta e pomar, a oeste da W3 Sul, foi utilizada para a construção urgente de casas geminadas (projeto de arquitetura e implantação da Divisão de Arquitetura), para permitir a transferência dos primeiros técnicos para Brasília com suas famílias, já em 1958, ocupação esta iniciada no meio da Asa Sul, estendendo-se posteriormente ao longo de toda a faixa das 700.”
As primeiras quinhentas casas construídas através da “Fundação da Casa Popular”, foram entregues em 1953 e situavam-se no meio da Asa Sul na altura das primeiras superquadras implantadas. Posteriormente a ocupação se estendeu ao longo de toda a faixa das 700 e o parcelamento urbano das Quadras 500, da W3 Sul, foi definido apenas em 1961. Após o parcelamento das Quadras 500 Sul, foram criadas unidades imobiliárias geminadas, organizadas em três blocos com confrontação para duas vias, acesso de serviço pela W2 e acesso principal pela W3, contrariando o plano previsto de Lucio Costa.
Por muitos anos a W3 foi um centro de cultura, comércio e lazer da capital, pois