Vínculos e Teoria do Apego
Para falar de vínculos buscamos na teoria do apego de Bowlby um maior entendimento dessa temática. Bowlby confere uma nova dimensão para a compreensão dos vínculos afetivos.
Segundo Bee (2011) o pensamento de Bowlby tem fundamentação na teoria psicanalítica, e assim põe em relevo a importância do primeiro relacionamento entre mãe e filho. Bowlby também buscou importantes conceitos na etologia e na teoria evolutiva.
Para Bowlby a vinculação afetiva é uma necessidade primaria, tão primaria quanto à necessidade de alimento e conforto. Sendo assim, o vínculo de apego é fundamental para a sobrevivência e para o individuo desenvolver-se de forma saudável, portanto, a espécie humana precisa do outro para sobreviver.
Tendo em vista que a infância é um período crucial do desenvolvimento humano, as relações que se estabelecem nessa fase do desenvolvimento são de suma importância para a constituição do sujeito. É evidente a importância do papel materno para favorecer o desenvolvimento do bebê em todas as dimensões. A mãe, na medida em que oferece uma base de apego seguro, ao bebê o mesmo transpõe para toda a sua existência.
De acordo com Abreu ( 2003 ) a qualidade dos cuidados parentais em relação a uma criança é de suma importância para sua saúde mental futura. Bowlby (1976, apud Abreu ) nesse sentido, diz:
... o que se acredita ser essencial à saúde mental é que o bebê e a criança pequena tenham a vivência de uma relação calorosa, íntima e contínua com a mãe (ou mãe substituta permanente – uma pessoa que desempenha, regular e constantemente, o papel de mãe para ele) na qual ambos encontrem satisfação e