Vulnerabilidade ambiental
Quando no ciclo hidrológico as precipitações convectivas ocorrem em grande volume, a água das precipitações fica em parte retida pela cobertura vegetal, outra parte é infiltrada no solo até a sua saturação, e o restante escoa pela superfície do solo, chegando até um curso de água (receptor final), ocorre a elevação dos níveis desse curso de água, que é a enchente ou cheia. A denominação é a mesma para cursos de água de pequena dimensão, como córregos, riachos ou arroios, ou de grande dimensão, como os rios. Ocorre tanto em áreas rurais quanto urbanas.
A seção transversal de um curso de água pode se dividida em canal principal e canal secundário. Quando a elevação do nível do curso de água atinge a parte superior da seção de escoamento fluvial, provocando o extravasamento da água, transbordando a água do canal principal, ocorre a inundação das áreas laterais (canal secundário). A inundação é temporária, pois a superfície lateral retorna ao seu estado natural depois da passagem da onda de cheia, permanecendo os materiais que foram transportados pela água.
Nos rios intermitentes, o canal principal alterna, ao longo de certos períodos de tempo, entre a presença e a ausência de escoamento de água. Estes existem mais nas regiões em que sazonalmente há pouca ou nenhuma precipitação, como no centro oeste e no nordeste do Brasil. Nesses casos, o canal principal não deve jamais ser ocupado.
Já nos rios perenes, o canal principal sempre apresenta escoamento de água, enquanto os canais secundários podem ter escoamento durante certos intervalos de tempo, de forma temporária. Não existe rio sem enchente, porque cada rio tem sua área natural de inundação.
Durante o escoamento superficial das precipitações, a água pluvial percorre o sistema de drenagem das bacias hidrográficas. Um sistema de drenagem natural são os condutores da água pluvial pelas depressões naturais do terreno que foram desenvolvidas ao