Voz da vida
Concepções clássicas sobre natureza humana
Concepção platônica
Para Platão, a essência do ser humano é sua alma, que é imortal e preexistente ao corpo A união da alma com o corpo seria acidental, e o corpo limitaria a alma humana como se fosse uma prisão.
Para ele, alma se dividia em três partes: uma vinculada ao desejo, outra vinculada às paixões e, a última, vinculada ao conhecimento.
Concepção aristotélica
Para Aristóteles, o ser humano é um animal racional, possuidor de um sistema único natureza-racionalidade.
Segundo ele, os seres humanos, assim como todos os outros seres, seriam constituídos de dois princípios inseparáveis: matéria e forma. A alma é o princípio da vida – seria a forma do corpo, isto é, seu princípio determinante, e, como qualquer forma, não poderia existir separadamente da matéria.
A alma humana, para Aristóteles, se caracterizaria por ser intelectiva ou racional, mas englobaria também as virtudes da alma sensitiva (própria dos animais) e da alma vegetativa (própria das plantas). Daí a ideia de animal racional.
Outra concepção defendida por Aristóteles é a de que o ser humano é social por natureza, só se desenvolvendo plenamente vivendo em sociedade e atuando como animal político.
Concepção cartesiana
O filósofo francês René Descartes afirmou que o ser humano é corpo e alma, porém concebeu essas duas dimensões como radicalmente distintas e separadas ( discordando de Aristóteles).
O corpo seria constituído pela substância denominada res extensa; a alma (ou mente, ou consciência), pela res cogitans. O filósofo também afirmou que a alma teria a faculdade de comandar o corpo, mas não conseguiu explicar como isso se daria, já que segundo a sua teoria, um corpo só poderia ser movido ou afetado por outro corpo, e a alma não é u corpo.
A partir da Idade Moderna, alguns pensadores passaram a pensar em como teria sido os primeiros humanos antes da formação das