Hakani - Uma voz pela vida

O documentário conta a história de Hakani, uma índia que em seus primeiros anos de vida não se desenvolveu como as demais crianças, uma vez que não conseguia andar nem falar. Com o passar do tempo, o povo da aldeia pressiona seus pais para que a sacrifiquem, juntamente com um dos seus irmãos, que também não se desenvolveu por completo. Incapazes de realizar o sacrifício de seus próprios filhos, o casal comete suicídio, deixando quatro filhos órfãos. A responsabilidade de matar as crianças, agora, passa a ser do irmão mais velho, que enterra seus irmãos ainda vivos em meio a toda a aldeia. Impedindo a morte de Hakani, seu irmão mais novo, Bibi, a desenterra e decide cuidar dela, porém devido a essa decisão, é banido da tribo, que se recusa a continuar com ele a menos que se livre da irmã. A partir daí, Bibi passa a viver com sua irmã sozinhos na floresta, Hakani adoece e Bibi decide procurar missionários que por perto ali estavam, estes ficam com ela a fim de a tratarem e Bibi volta para a aldeia. Depois de anos, Hakani reencontra seu irmão. A história de Hakani é similar a de centenas de crianças entre os mais de 200 povos indígenas brasileiros. Para esses povos, deficiência física ou mental, ser gêmeo ou trigêmeo ou nascer de uma relação extra-conjugal, por exemplo, são razões válidas para se tirar a vida de uma criança, pois para eles, a alma destas estariam amaldiçoadas. Cresce o número de indígenas que estão dispostos a lutar pelo combate a esta prática. Porém, ao procurarem ajuda das autoridades, ouve-se que as leis não se aplicam a situação pois mais importantes que isso, é a preservação a cultura.