Vontade e Desejo
O querer tem muita força, desde que lutemos pelo que queremos, enquanto o desejo não passa de um simples almejar e muitas vezes representa sonhos e fantasias inatingíveis; a vontade impulsiona, soberana, a concretização de idéias e ideais. Quase sempre realizar um desejo depende do consentimento de outras pessoas, mas a vontade só depende de nós mesmos, de nosso querer.
O desejo está freqüentemente ligado aos nossos sentimentos e emoções, enquanto a vontade realizadora caminha de mãos dadas com a lógica e a razão e, por isso mesmo, é respaldada, também, pelo poder do raciocínio. Assim, é fácil entender que o desejo se consome e, enquanto não se consome, continua a nos martelar a mente, às vezes de forma quase avassaladora. A vontade é o pré-requisito das boas realizações, firma-se na ponderação e na moderação, leva a criatura ao equilíbrio no trabalho e em todos os atos de sua vida. Ela é, portanto, a pedra fundamental, o dínamo de nossos pensamentos, levando ao sucesso na vida, quando dirigida às boas ações. É forte, persuasiva, abre caminho e realiza; o desejo é titubeante, incerto e quase sempre inconseqüente.
Há diferenças notáveis na expressão do desejo dos homens e das mulheres. Não estou me referindo ao desejo sexual, mas ao desejo de forma generalizada. Certas peculiaridades são observadas, também, nas crianças. É o que veremos, a seguir.
Nas mulheres o desejo é mais disfarçado, camuflado e,