Volvismo
(Modelo Sueco)
A Volvo Company desenvolveu na Suécia nas décadas de 1970 e 1980 em relação à criação de alternativas á forma baseada na produção em massa. Tais experiências tiveram origem nos estudos realizados pelo Instituto Tavistock, em Londres, ainda nas décadas de 1940 e 1950, e visavam compatibilizar os aspectos humanos e tecnológicos presentes no sistema produtivo, como alternativa ao fordismo. Na Volvo os trabalhadores, organizados através de sindicatos fortes, manifestavam insatisfação com as práticas da produção em massa, o que levou a empresa a testar alternativas para a organização do trabalho chão-de-fábrica, de modo que este se tornasse menos repetitivo, com maior conteúdo e, portanto, com maior significado e motivação para o trabalhador. No entanto, muitas de suas inovações são hoje utilizadas em fábricas de ônibus e caminhões – inclusive no Brasil – como kits de peças enviados à linha de montagem, elevação do grau de autonomia das equipes, redução de níveis hierárquicos, etc. Tais experiências representam uma proposta relevante de quebra do paradigma fordista, constituindo-se, talvez, em um sistema de produção avançado demais para a época.
A perspectiva de produção e trabalho no sistema Volvo de produção (Sociotécnico)
A Volvo Company fundada em 1926 por Assar Gabrielsson e Gustaf Larson tinha como objetivo produzir veículos que fossem seguros, resistentes e adequados ao clima frio do país, somava-se a isso ainda, a falta de estradas adequadas ao trafego de veículos na Suécia. A Volvo voltou sua produção até 1970 apenas para o mercado interno sueco quando em 1974 adquiriu a DAF uma montadora holandesa, iniciando a internacionalização de mercado e produção (BONDARIK & PILATTI, 2007a).
Wood Jr. (1992) destaca que a evolução produtiva da Volvo se deu guiada por um alto grau de experimentalismo com introduções gradativas de inovações tecnológicas e conceituais, nas plantas de Kalmar em 1974, Torslanda 1980/1981 e a mais