Voltaire
Em fevereiro de 1916 é fundado em Zurique o Cabaré Voltaire por Hugo Ball, poeta e filósofo alemão, tal lugar abrigava desde filósofos a poetas sendo um espaço onde os jovens artistas pudessem expor suas idéias e obras. Com o passar do tempo, o Cabaré começa a ter cada vez mais atividade e passa a ser um novo movimento: o Dadá. Tal nome encontrado por Ball e Huelsenbeck por acidente, enquanto folheavam um dicionário alemão-francês e tal conceito encaixou-se com o momento e os propósitos dos participantes; o primeiro som emitido pela criança expressa o primitivismo, a inovação e reconstrução, o começar do zero. O surgimento de uma galeria Dadá e o aparecimento da revista da Dada, editada e distribuída por Tzara, deram ânimo a uma nova temporada Dada, que começava a dispersar-se como os dadaístas originais, que foram principalmente para Colônia e Paris. Depois da guerra o nome se propagou rapidamente o que indica que suas atitudes e atividades já estavam ocorrendo em diversos lugares e não só em Zurique. Nomes como Tzara, Janco, Arp, Ball, Richter, Huelsenbeck, Duchamp e Picabia somaram ao movimento características distintas, mas que expunha o estado de espírito dos artistas da época, contrários a guerra e a uma sociedade totalmente materialista, onde a arte era produto de cobiça ou mera transação comercial, uma sociedade que esta prestes a se destruir, é o que influenciava o Dadá.
Os instintos e os antecedentes hereditários surgiam e percebidos nas obras, se assim podendo ser consideradas. A incoerência estava presente, alguns buscavam uma nova arte procurando se afastar dos padrões estéticos e outros perpetuavam o movimento empenhados na destruição e zombaria, explorando a ironia da situação que os denominava artistas.
O Dadá se deu por inúmeros estilos, enquanto alguns preferiam apresentações e noites barulhentas no Cabaré outros buscavam uma arte mais elementar e abstrata através de diferentes métodos de produção, criando muitas vezes obras