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Estudos Culturais
Os Estudos Culturais são pesquisas sobre a diversidade que cada cultura apresenta na produção cotidiana de sua história em um tempo e espaço determinados. Também enfocam as interações interculturais estabelecidas na contemporaneidade e os desdobramentos políticos gerados tanto no âmbito da solidariedade quanto no plano da dominação.
Num contexto em que o mundo cresce a partir das novas configurações observadas nas relações humanas, precisamos compreender como essas relações se desenvolvem. Que caminho devemos seguir para que haja nas sociedades atuais uma coexistência mais respeitosa entre as diferenças?
Os Estudos Culturais, enquanto campo teórico de discussões, surgiram em meados da década de 1950. Concretamente se estruturaram no Centro de Estudos Culturais Contemporâneos – Centre for Contemporary Cultural Studies (CCCS) da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, na década de 1970. Stuart Hall, jamaicano, nascido em 1932, pertencente à Nova Esquerda, com vida acadêmica construída na Inglaterra, é considerado um dos seus principais mentores. Mas alguns de seus companheiros de universidade, em épocas diversas, têm obras consideradas de ruptura, obras que contribuíram para o início dos Estudos Culturais.
Richard Hoggart, primeiro diretor do Centro de Birmingham, escreveu Uses of literacy (As utilizações da cultura – 1958), obra que discute a cultura das classes trabalhadoras e a ruptura com formas tradicionais de análise cultural. Raymond Williams é autor de Culture and society: 1780-1950 (Cultura e sociedade:1780-1950 – 1958), que analisa alguns diferentes conceitos de cultura. Edward P. Thompson escreveu The making of the english working class (A formação da classe operária inglesa – 1963), destacando questões relativas à cultura, experiência e agenciamento dos operários ingleses (HALL, 2003, p. 133).
Referindo-se a estes autores, Hall (2003, p. 133) afirma: Eles forçaram seus leitores a atentar para a tese de