“Você tem Cultura?” – Roberto Damata Lendo o texto “Você tem cultura?” foi possível notar que o senso comum julga erroneamente o termo cultura, valoriza-se o erudito enquanto o popular é rechaçado, chegando a afirmar que os populares não tem cultura. [...] Outro dia ouvi uma pessoa dizer que “Maria não tinha cultura”, era “ignorante dos fatos básicos da política, economia e literatura”.[...] [...]usa-se cultura como sinônimo de sofisticação, de sabedoria, de educação no sentido restrito do termo[...] A ideia de que a cultura popular não é cultura e de que quem não domina o erudito é um ser aculturado, a muito foi inserida no imaginário popular, isso se deve ao fato de que na sociedade atual dar-se prestigio ao que vem das classes “superiores” e descarta-se o que vem das classes ditas como “inferiores”, deste modo os membros das classes menos abastadas passam a negar o que lhes é próprio, criando assim uma ideia de inferioridade, chegando a classificar suas práticas e hábitos culturais como não sendo uma forma de cultura de igual importância. [...] A palavra cultura, enquanto categoria do senso-comum, ocupa como vemos um importante lugar no nosso acervo conceitual, ficando lado-a-lado de outras, cujo uso na vida cotidiana é também muito comum. Estou me lembrando da palavra “personalidade” que, tal como ocorre com a palavra “cultura”, penetra o nosso vocabulário com dois sentidos bem diferenciados.[...] O autor usa como exemplo a palavra “personalidade” que no vocabulário comum, também é usada de uma forma diferente do seu real significado. [...] É comum se dizer que "João tem personalidade” quando de fato se quer indicar que "João tem magnetismo", sendo uma pessoa de "presença". Do mesmo modo, dizer que "João não tem personalidade", quer apenas dizer que ele não é uma pessoa atraente ou inteligente. Mas no fundo, todos temos personalidade, embora nem todos