Vladimir Herzog
O jornalista Vladimir Herzog era diretor de Jornalismo da TV Cultura quando foi assassinado pelo regime militar, em 1975,mas merece ser lembrado como muito mais do que isso. Ele simboliza a importância da liberdade de expressão e a necessidade de um jornalismo ético e de qualidade para manter uma democracia. Vladimir Herzog, nascido Vlado Herzog em 1937 na Iugoslávia, Osijisk, mas naturalizado brasileiro. Professor e formado na USP, dramaturgo brasileiro, também tinha paixão pela fotografia, atividade que exercia por conta de seus projetos com o cinema.
A noite fatídica ocorreu em 24 de Outubro de 1975, quando Vlado, acusado de ser aliado ao Partido Comunista Brasileiro foi levado a sede do DOI-Codi, para prestar esclarecimentos sobre sua ligação com o tal partido. Foi interrogado, torturado e no dia seguinte, encontrado morto, sob a versão de que teria se enforcado com o cinto do macacão que usava como prisioneiro. Mas segundo os jornalistas Jorge Benigno Jathay Duque Estrada e Rodolfo Konder, Vlado foi morto por tortura. Três anos depois a Justiça responsabilizou a União por prisão ilegal, tortura e morte do jornalista. Em 1996, a Comissão Especial dos Desaparecidos Políticos reconheceu que Herzog foi assassinado e decidiu conceder uma indenização para sua família.
A morte de Vladimir Herzog ,marcou a Ditadura imposta nos anos 60. O episódeo teve como reflexo a paralisação dos meios de comunicação, e de seus comunicólogos. Rádio, TV, jornais impressos e revistas de São Paulo, trabalhariam somente uma hora por dia, acordo feito entre eles. Tanto que um culto ecumênico feito em sua homenagem na Catedral da Sé, teve por volta de oito mil pessoas, prestando carinho e indignação num protesto silencioso.
Mas, em Outubro de 2004 o caso voltou a tona de forma chocante pra sociedade. Fora divulgadas fotos do jornalista, pelo Correio Braziliense, nu e torturado, antes de ser morto sob custódia do Exército. Dias depois, o secretário de Direitos