Vitamina k em cosméticos
4 de janeiro de 2010
Assunto: Proibição do uso de vitamina K em cosméticos
Considerando que a vitamina K é encontrada em vegetais verdes e no fígado e produzida pela flora intestinal em suas formas naturais (vitamina K1 ou fitomenadiona e vitamina K2 ou menaquinona) e apresenta análogos sintéticos (vitamina K3 ou menadiona e vitamina K4 ou menadiol) (1);
Considerando que a vitamina K é fundamental para a síntese de fatores da coagulação e protrombina (2);
Considerando que a vitamina K encontra-se disponível para uso terapêutico, sendo empregada predominantemente em pacientes com hipoprotrombinemia (decorrente de disfunção hepática) e como antídoto para drogas cumarínicas ou em deficiência de vitamina K (fibrose cística) (2);
Considerando que as situações de uso terapêutico acima citadas oferecem risco de morte (3) e a sensibilização à vitamina K traria limitações à sua terapêutica (4);
Considerando a ocorrência de dermatite de contato alérgica no local de aplicação de vitamina K (5, 6);
Considerando que existem relatos de dermatoses ocupacionais alérgicas relacionadas à vitamina K (5,6);
Considerando que há casos de dermatite de contato alérgica pelo uso de vitamina K contida em cremes cosméticos (7-9);
Considerando que a vitamina K encontra-se na lista de substâncias que não devem fazer parte da composição de produtos cosméticos da Diretiva 2009/6/EC da Comunidade Européia (10);
A CATEC recomenda:
- Que o uso da vitamina K, em todas as suas formas, está proibido em produtos cosméticos.
A Gerência Geral de Cosméticos adota o presente parecer como referência técnico-científica.
Referências
1) Veneziano L, Silvani S, Voudoris S, Tosti A. Contact dermatitis due to topical cosmetic use of vitamin K. Contact dermatitis 2005; 52: 113-4.
2) Bruynzeel I, Hereda C L, Folkers E, Bruynzeel D P. Cutaneous hypersensitivity reactions to vitamin K: 2 case reports and review of the literature. Contact Dermatitis