Visão amorosa e verossimilhança nas obras: “o cortiço”; “memórias póstumas de brás cubras” e “o guarani”.

VISÃO AMOROSA E VEROSSIMILHANÇA NAS OBRAS: “O CORTIÇO”; “MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBRAS” E “O GUARANI”.

Pãmela da Silva

Resumo: O presente trabalho apresenta a análise de três romances de autores diferentes; Memórias Póstumas de Brás Cubras de Machado de Assis; O Guarani de Jose de Alencar e O Cortiço de Aloísio de Azevedo. As analise se pautam nos conceitos teóricos de Erotismo e Verossimilhança, pois o foco das análises esta em como é a visão amorosa nas obras e como se dá a verossimilhança nas mesmas.

Palavras – chave: Erotismo, Amor, Verossimilhança e romance.

Proponho-me neste trabalho, a fazer uma análise das obras “O Guarani” de José de Alencar; “Memórias Póstumas de Brás Cubras” de Machado de Assis e “O Cortiço” de Aluisio de Azevedo, com a finalidade de verificar como se da a verossimilhança em tais obras e como é a visão amorosa apresentada nestes três romances. Para tais análises faz-se necessário uma breve reflexão sobre o conceito aristotélico de verossimilhança, a luz dos pressupostos teóricos de Bittar (2003); Luiz Costa Lima (1973) e também uma reflexão sobre o conceito de erotismo, tomando por base os pressupostos teóricos de Bataille (1987). Sendo assim, em um primeiro momento estarei apresentando tais teorias e no segundo momento parto para a análise das obras. Verossimilhança é o que se aproxima da realidade, ou seja, é algo semelhante a verdade, que não foge a verdade provável. Segundo Aristóteles “não é ofício do poeta narrar o que aconteceu; é, sim o de apresentar o que poderia acontecer, quer dizer: o que é possível segundo a verossimilhança e a necessidade” (Aristóteles, Poética, Abril Cultural, 1984). Sendo assim, não é necessário, dentro de uma obra, que o autor relate fielmente a verdade ou a realidade, mas o que seria possível de acontecer do ponto de vista verossímil. Verossimilhança é, portanto, uma possibilidade de verdade dentro da